E as borboletas continuam..

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sinto-me sufocada. E estou em pleno céu aberto. minhas cordas vocais se enlaçaram formando um terrível nó em minha garganta. Tudo dói. E muito. Não ouso pronunciar nem se quer uma palavra, o impeto já é o suficiente para saber o quanto iria machucar. Rasgando cada parte, por um mero tremor de cordas. Essas palavras caladas me explodem os ouvidos e torturam cada parte sã do meu corpo. Mutila minha alma. As lágrimas, ainda presas aos olhos, tratam de perfura-los, e arranham os caminhos por onde escorrem.
Preciso de ar, mas não quero respirar. Agora, essa é a menor das necessidades. Meus pelos estão eriçados e sinto os espamos. Mas nada importa. Poderia arrancá-los, um a um com pinça, e ainda assim, seria a dor mais suportável.
Quem inventou a palavra sempre? E por quê?
No final, a palavra mais verdadeira, é mentira.



desabafo.

Um comentário:

  1. Gostei do texto, bem desenvolvido, bem passional e metafórico. É a única coisa que particulamente, nós, pré adultos, ainda conseguimos sentir e expressar... Quanto mais velho ficamos pior é essa mediaçao, daí a ceticidade meio que prevalece. Todo mundo prefere 'viver' do que refletir e colocar p fora.. estão todos muito experientes pra sentir algo genuino.

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