E as borboletas continuam..

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

E ponho pra fora em palavras para que deixe de derramar lágrimas.. Já lavei os olhos. Já lavei a alma.

sábado, 25 de setembro de 2010

Eu me cansei de ser você.. ouvir as suas músicas preferidas, comer seus pratos prediletos, fingir que gosto do que você faz e arrumar pretextos pra aparecer nos lugares que você frequenta.. Estou perdendo minha identidade, e é a única maneira de estar perto de você.

Se for comprovado que opostos se atraem, cometo mais um suicídio.




E me sinto assim, talvez porque realmente esteja. Nua. Crua. Completamente fragilizada. Vulnerável. Inconstante.
Chegamos ao limite de minha intimidade. Não há mais por onde percorrer.. Quero e tento, mas não consigo mais me esconder.. Minhas necessidades são claramente evidentes. Suspiros.
Chega de filtrar sentimentos que são bonitos. Sinceros.. Urgentes!


Me deixa te olhar?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Eu tinha, eu tenho, certas necessidades..
Como se tua saliva pudesse matar a minha sede, eu me afogava em tua boca, e indo ao teu encontro, devoráva-te para matar minha fome. Um suprindo o desejo imediato do outro, e assim, o seu próprio. Quase que instintivo, era uma certeza não pensada.
Os braços e pernas se confundiam e formavam nós. Criamos laços.
Soltamos as amarras mas vivemos entrelaçando nossas vidas, nossos membros, troncos e sentimentos....

Você é minha raiz, eu sou sua flor.
Quanta covardia! Me olhar singelamente com esses olhinhos pequenos, dar aquele sorrisinho de leve com esses dentes alinhadinhos fazendo aparecer aquela covinha gostosa no meio da bochecha.. Quanta covardia! Entrelaçar seus dedos nos meus, fazer carinho nos meus cabelos, me embebedar com seu perfume... Quanta covardia! Me abraçar tão forte a ponto de eu sentir seu coração empurrando o meu, sussurar doces palavras no meu ouvido e dar mordiscadinhas no pescoço.. Quanta covardia! Me fazer mergulhar no seu beijo, sonhar mais alto que as nuvens e me colocar borboletas na barriga.. Quanta covardia! Eu te amar tanto assim, e não ser o suficiente..


c'est la vie!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O problema não é sua ausência em si, mas sim a própria ausência dela, ou melhor dizendo, sua presença. Cada esquina me traz uma lembrança. Um acariciar de mãos, um sorriso torto, um balançar de cabelos... até mesmo em minha cama, dorme seu fantasma, e eu acordo ainda sonhando em me deparar com seus olhinhos pequenos, menores ainda por causa do sono.. E sonho.. sonho, e sonho.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Você vêm e vai vagando com o vento veloz. Vibrante vou te ver, vestindo vestido vermelho vistoso. Volátil, volúvel. Venero-te. Visto-te de vitórias, mas vontades viraram vazios. Verdades. Vejo vultos e várias vozes. Vampirizada, vacino-me de teu veneno. Viril, vital, vilão. Vicío-me. Vendo-me. Vaidade se vai... Vôo. Viajo e volto em vão. Sou vulcão. Velha. Vergonha. Violentada venho à varanda. Vertigem. Vejo verde, vida.
Você vêm e eu vivo. Você vai, eu velo.. viúva. Você volta?

Vendaval.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E é estranho que as coisas tenham que se tornar desimportantes de uma hora pra outra. Como se perdesse os próprios direitos de pensar e sentir.

Sabe, a sensação que tenho é que.. ficamos construindo uma pirâmide de cartas por um longo tempo, tomando todo e qualquer cuidado para que se mantenha intacta, por mais difícil que seja. Cada carta uma conquista, cada pedacinho uma vitória. E.. depois de um árduo trabalho, após muitas gotas de suor e esforço para que dê certo, mesmo que muitas vezes fosse preciso refazer e modificar alguns detalhes, depois de pronto e aparentemente perfeito.. não faz sentido. Não faz sentido manter essa estrutura porque já não se tem mais pra onde crescer.. e então sem dó, ou talvez com um pouco de dó e alguma piedade, mas não o suficiente para cultivá-la, a destrói. Assopra as cartas. Joga tudo pro ar. Bagunça e embaralha cada alicerce e guarda o baralho em uma caixinha no fundo da gaveta, até se deparar com um dia monótono que dê algum estímulo em utilizá-lo novamente. Apenas pra suprir a carência momentânea. Apenas pra passar o tempo. Apenas pra tirar de ordem. Apenas pra porra nenhuma.

A perfeição é imperfeita demais.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hoje é feriado.....
Dia de te ver. De te abraçar, comer comida gostosa, assistir filme agarradinho, fazer brincadeiras, rir e sorrir. Dia dos meus olhos seguirem os seus e brilharem. Dia de dormir juntinho e acordar feliz. Hoje é dia de preguicinha, de carinhos sem ter fim. Dia de cantar e ouvir música. Dia de se sentir nas nuvens. Dia de não ter preocupações... Hoje é dia de você.

As coisas mudaram, mas hoje continua sendo feriado. E é feriado da gente.
E não é só um feriado.. são férias. Férias de verão.. daquelas que parecem nunca acabar.

Que merda, Hoje é feriado.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

E agora me encontro com as portas, janelas e cortinas escancaradas.. Abri para a primavera entrar.. Ela se hospedou invadindo cada milímetro que parecera vazio ou inocupado. Tomando conta de todo o meu ser, transformando tudo em um belo mar de rosas. Me senti perdida nos cheiros e belezas. E, completa. E feliz.

Agora, como tudo, primavera se foi.. E com ela, meu amor?
Esperava que não, mas sim. É.. Infelizmente, sim.
Se passou verão, outono e inverno. Inverno que virou inverso. Inverso que virou confusão. confusão que se tornou mais confusão. Baralho embaralhado. Embaraço.. E eu sem braços e sem abraços. E eu sem. E eu... E eu aqui.

Mais uma primavera chegando.. as portas, janelas e cortinas continuam abertas.. Será que o grande erro foi não ter trancado-as nunca? Deixando que as correntes de ar nunca cessassem e os ventos sempre mudassem e o tempo passasse.... E tudo isso te levasse.......

Eu não quero que vás para onde meus olhos não podem ver.. onde meus dedos não te alcançam... Quero que sejas livre comigo. Tanto quanto uma gaivota, que não se afasta de seu bando.

Quem sabe um dia, entre ventos e tempos....

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

E naquele dia tudo simplesmente pareceu se encaixar, por mais desorganizado e confuso que estivesse. Tudo pareceu certo, como se o universo finalmente estivesse completamente alinhado. Como se naquele momento, todos os ecossistemas estivessem balanceados e os planetas e galaxias em sintonia perfeita.
Os sorrisso no canto da boca, os olhares brilhantes, as borboletas voando violentamente dentro da barriga, os movimentos lentos e quase sincronizados, as palavras escapulindo por entre os dentes e aquele sentimento de conforto e bem-estar. Aquele sentimento que se tem quando se está há muito tempo longe de casa, e você finalmente olha seus pés em solo conhecido e pensa, 'lar, doce lar'.

Por um instante, eu tive um ilusório pensamento de que duraria pra sempre. De novo.



Dream on!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010



E só havia uma única coisa a se importar, e também uma única a sentir.
Todos os olhares, preocupações, pensamentos e planos eram exclusivamente destinados a esta coisinha enorme que nem nome tinha mais. Rótulos não são necessários para sentirmos, mas para entendermos. Por um momento, pelo penos por um momento, eu queria, e eu precisava entender.