E as borboletas continuam..

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E é estranho que as coisas tenham que se tornar desimportantes de uma hora pra outra. Como se perdesse os próprios direitos de pensar e sentir.

Sabe, a sensação que tenho é que.. ficamos construindo uma pirâmide de cartas por um longo tempo, tomando todo e qualquer cuidado para que se mantenha intacta, por mais difícil que seja. Cada carta uma conquista, cada pedacinho uma vitória. E.. depois de um árduo trabalho, após muitas gotas de suor e esforço para que dê certo, mesmo que muitas vezes fosse preciso refazer e modificar alguns detalhes, depois de pronto e aparentemente perfeito.. não faz sentido. Não faz sentido manter essa estrutura porque já não se tem mais pra onde crescer.. e então sem dó, ou talvez com um pouco de dó e alguma piedade, mas não o suficiente para cultivá-la, a destrói. Assopra as cartas. Joga tudo pro ar. Bagunça e embaralha cada alicerce e guarda o baralho em uma caixinha no fundo da gaveta, até se deparar com um dia monótono que dê algum estímulo em utilizá-lo novamente. Apenas pra suprir a carência momentânea. Apenas pra passar o tempo. Apenas pra tirar de ordem. Apenas pra porra nenhuma.

A perfeição é imperfeita demais.

Um comentário:

  1. O que seria da espontaneidade se tudo fizesse sentido?

    É na culpa que temos a ação, é na falta dela que temos o silencio e é no silencio que pensamos... em fazer algo.

    que ciclo.

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