você começou a dançar e eu a tocar violão, as individualidades e personalidades se transformaram em outros alguéns. talvez tenhamos trocado de lugar; talvez estejamos fingindo.
fingindo ter certeza do que queremos, fingindo ter certeza de que é passado.
às vezes.. bem, às vezes eu tenho a impressão de que acabou.. mas quando percebo que a cada dia eu me torno você e você se transforma em mim, percebo o quanto tudo - e digo tudo, porquê, é difícil resumir TUDO em outra palavra. todo aquele sentimento, todas aquelas histórias e recordações, tudo o que era verdade e o que a nossa memória fantasia ter sido. todo aquele amor, os sorrisos, o medo. aquele sentimento de felicidade plena; a sensação de ter o mundo nas mãos e a barriga infestada de borboletas - ainda está bem vivo aqui dentro. E me pergunto se aí também....
smells like teen spirit, right? haha.
E as borboletas continuam..
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
"Nalgum lugar em que eu nunca estive
Alegremente além
De qualquer experiência
Teus olhos tem o seu silêncio
No teu gesto mais frágil
Há coisas que me encerram
Ou que eu não ouso tocar
Porque estão demasiado perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
Embora eu tenha me fechado como dedos
Nalgum lugar
Me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre
Tocando sutilmente, misteriosamente
A sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado
Eu e minha vida
Nos fecharemos belamente, de repente
Assim como o coração desta flor imagina
A neve cuidadosamente descendo em toda a parte
Nada que eu possa perceber neste universo
Iguala o poder de tua intensa fragilidade
Cuja textura
Compele-me com a cor de seus continentes
Restituindo a morte e o sempre
Cada vez que respirar
Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre
Só uma parte de mim compreende
Que a voz dos teus olhos
É mais profunda que todas as rosas
Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas"
e. e. cummings
Alegremente além
De qualquer experiência
Teus olhos tem o seu silêncio
No teu gesto mais frágil
Há coisas que me encerram
Ou que eu não ouso tocar
Porque estão demasiado perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
Embora eu tenha me fechado como dedos
Nalgum lugar
Me abres sempre pétala por pétala
como a primavera abre
Tocando sutilmente, misteriosamente
A sua primeira rosa
Ou se quiseres me ver fechado
Eu e minha vida
Nos fecharemos belamente, de repente
Assim como o coração desta flor imagina
A neve cuidadosamente descendo em toda a parte
Nada que eu possa perceber neste universo
Iguala o poder de tua intensa fragilidade
Cuja textura
Compele-me com a cor de seus continentes
Restituindo a morte e o sempre
Cada vez que respirar
Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre
Só uma parte de mim compreende
Que a voz dos teus olhos
É mais profunda que todas as rosas
Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas"
e. e. cummings
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